Taylor Swift compra os direitos dos seus seis primeiros álbuns, "meu maior sonho"
“Todas as músicas que fiz agora são minhas. Todos os meus videoclipes. Todos os filmes dos meus shows. O design e as fotos dos álbuns. Músicas inéditas. Memória, magia, loucura. Todas as eras. "O trabalho de toda a minha vida", escreveu a cantora em seu site.
A princesa do pop estava em desacordo com o magnata da indústria musical Scooter Braun, que adquiriu a gravadora Big Machine em 2019 por US$ 300 milhões, de acordo com relatos da imprensa, ganhando assim o controle da maioria das gravações de sucesso de Taylor Swift, que ela disse sentir que foram "roubadas" de seu trabalho.
O proprietário dos "masters", as gravações originais usadas para fazer vinil, CDs e outras cópias digitais, decide como as músicas são reproduzidas ou vendidas. Essas gravações cobiçadas são uma das principais fontes de renda para os artistas que detêm os direitos sobre elas.
Scooter Braun então vendeu os direitos dos seis primeiros álbuns de Taylor Swift para a empresa de investimentos Shamrock. Na tentativa de retomar o controle de seu trabalho, a cantora americana chegou a regravar quatro de seus primeiros álbuns, adicionando "Taylor's Version" a essas faixas.
"Tudo o que eu sempre quis foi a oportunidade de trabalhar duro o suficiente para um dia poder comprar de volta os direitos da minha música, sem restrições, sem parcerias, com total autonomia", acrescentou a cantora. Ela agradeceu à Shamrock Capital por lhe dar a oportunidade de comprar os direitos de seus primeiros álbuns, incluindo "Fearless" e "1989". O valor da transação não foi especificado.
Taylor Swift escreveu ou coescreveu a maior parte de seu catálogo musical, o que lhe permitiu regravar músicas sem possuir as gravações. Quando adolescente, ela assinou com a Big Machine em 2005 antes de deixar a gravadora 13 anos depois.
Com receitas recordes de US$ 29,6 bilhões, o mercado global de música gravada experimentou um décimo ano consecutivo de crescimento em 2024, impulsionado por assinaturas de plataformas de streaming e pelo sucesso de estrelas como Taylor Swift, destacou a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) em março passado.
Graças ao aumento do número de assinaturas pagas, o streaming representa mais de dois terços (69%) do faturamento global do setor, segundo a federação, que ainda colocou Taylor Swift no topo de sua lista dos artistas mais ouvidos em 2024.
